Adultos devem tomar vacina de reforço contra coqueluche
Dia 25 de setembro será comemorado o “Dia Latino-Americano de Luta contra a Coqueluche”. Conhecida como tosse comprida, a coqueluche é muito comum, porém torna-se grave em crianças, mulheres gestantes e potencialmente fatal em recém-nascidos . A vacina é feita com a célula inteira de bactéria (tríplice de células inteiras — DTPw), ou com fragmentos dela, conhecida como tríplice acelular (DTPa), que obtém a mesma proteção com menores eventos adversos. São cinco doses na infância e reforços a cada 10 anos.
Porém, nos últimos anos, casos da doença voltaram a ocorrer no Brasil e aumentaram em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, apesar dos registros, o número é 24% menor em relação ao mesmo período de 2013, mas superior ao notificado há cinco anos. Nos Estados Unidos, no estado da California, por exemplo, é um dos locais que apresentam crescimento da doença. Segundo o departamento de saúde pública do estado, o California Department of Public Health, até julho de 2014, mais de 6 mil casos já foram registrados, número duas vezes maior que o último ano.
Como a última dose da vacina é recebida aos cinco anos de idade, com o passar do tempo, seu efeito protetor é reduzido. Por isso, jovens e adultos estão suscetíveis à bactéria e devem se prevenir. Segundo Isabella Ballalai, presidente da Comissão de Revisão de Calendários e Consensos da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) é recomendado fazer um reforço da vacina a cada 10 anos para manter a proteção contínua. “A única forma efetiva de prevenção é a vacinação. Além do esquema vacinal na infância, é necessário que todos os adolescentes e adultos tomem as doses de reforço, principalmente aqueles que convivem com bebês, como pais, irmãos, parentes e babás e outros profissionais. Dessa forma fazemos uma proteção que chamamos de casulo, evitando que a bactéria se aproxime dos mais frágeis”, explica.
De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), das doenças preveníveis por vacina, a coqueluche é a quinta maior causa de morte em crianças menores de cinco anos. Apesar de a vacina para adolescentes e adultos não estar disponível na rede pública, as doses de reforço podem ser aplicadas em clínicas privadas.
Geralmente manifestada por tosse persistente por mais de 15 dias, a coqueluche tem sintomas iniciais parecidos com os de um resfriado, como coriza e tosse. A doença pode proporcionar tosse seca com duração de até dois meses. Depois de exposto à bactéria, os sintomas aparecem entre 6 e 21 dias.
Durante os acessos de tosse, os lábios e unhas podem ficar azuis devido à falta de ar, podendo ocasionar o vômito, a perda breve de consciência ou até mesmo levar à morte.
Fonte : Revista Viva Saúde.