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Avaliação Genética de rendimento esportivo

Avaliação Genética de rendimento esportivo

O recente avanço da biologia molecular, que tem como marco o completo seqüenciamento do genoma humano em 2001, aliado aos seus promissores resultados na prevenção, na detecção e no tratamento de uma série de doenças, tem aberto a possibilidade de sua utilização no meio esportivo, buscando uma melhora no rendimento e na qualidade de vida;

O rendimento esportivo é resultado da contribuição e interação de muitos fatores genéticos e ambientais, que atuam de maneira recíproca. Entre os fatores ambientais, vale destacar o tipo de treinamento e preparação, a alimentação, os equipamentos e as condições  climáticas, dentre outros.

Os fatores genéticos são variações na sequência do DNA ( os polimorfismos genéticos). Apesar de cerca de 99,9% da sequência do DNA ser igual entre quaisquer seres humanos, a variação restante é responsável pela determinação de parte de nossas características físicas, nossas habilidades e até mesmo nossas respostas aos tratamentos farmacológicos e à prática de exercícios físicos. Esses fatores estão relacionados às diferenças individuais em características importantes para o rendimento esportivo, como a força muscular, a resistência, a suscetibilidade a lesões, a pressão arterial durante o exercício, o consumo de oxigênio e muitos outros. O impacto dessa variabilidade genética pode ser observado tanto em atletas de alto rendimento esportivo quanto nas pessoas que praticam exercício físico apenas com o objetivo de melhorar sua saúde e bem-estar.

Diversos estudos apontam que os fatores genéticos contribuem de 20 a 50% na variação individual para determinadas características relacionadas ao rendimento esportivo. A análise genética permite a individualização do treinamento, bem como a prescrição do exercício como tratamento de doenças crônicas e a prevenção de doenças comuns no esporte, tais como lesões de ligamento e osteoartrite e outras enfermidades menos freqüentes,  porém muito graves, como a morte súbita. Desse modo, a variação genética e seus fatores contribuem para a otimização dos treinamentos, melhorando o rendimento no esporte. E influenciando a qualidade de vida dos indivíduos.

A avaliação genética do rendimento esportivo é indicada às pessoas que desejam manter e melhorar seu rendimento, além de prevenir lesões freqüentes da atividade física. O teste pode ser realizado tanto para atletas quanto para pessoas comuns que praticam exercícios físicos e buscam melhorar a saúde. Mais especificamente, a análise genética consiste na avaliação de vários poliformorfismos envolvidos em diferenças individuais de rendimento esportivo, como:propriedade de força e de resistência de fibras e músculos esqueléticos, resposta aos diferentes tipos de treinamento esportivo (anaeróbico), suscetibilidade a desenvolver doenças crônicas, como a osteoartritee suscetibilidade a desenvolver lesões de ligamentos e a lesão do tendão de Aquiles.

A confiabilidade das análises é de 99%. Assim, as informações proporcionais são úteis na individualização e na otimização do treinamento.

Apesar das inúmeras vantagens do teste genético, é importante ressaltar que em nenhuma hipótese um laudo de análise genética deve substituir o cuidado médico profissional  nem as orientações dos educadores físicos quanto aos exercícios que devem ser praticados.

Os achados devem ser correlacionados com dados clínicos e físicos para indicações assertivas aos pacientes.  A grande vantagem da avaliação genética de rendimento esportivo é o fornecimento de subsídios detalhados para orientação individualizada de cada paciente.

Fonte: DB – Diagnósticos do Brasil

Enviado por Leandro Parizzi CRF 12761

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