Casos de catapora aumentam na primavera
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A varicela, popularmente conhecida como catapora, é uma doença causada pelo vírus varicela-zóster. Ele é altamente contagioso, porém uma pessoa infectada fica imune ao agente por toda a vida depois de curada. Os primeiros sintomas são febre, dor de cabeça e cansaço. É caracterizada por manchas avermelhadas que causam muita coceira. A catapora tem diferentes graus de manifestação, geralmente sem complicações sérias. Contudo, ela pode evoluir e até causar o óbito.
O ser humano é o único hospedeiro natural do varicelazóster. A transmissão ocorre principalmente por vias respiratórias, quando o vírus é espalhado no ar pelo espirro ou por tosse, e também pode ser adquirido em contato com a saliva ou com o líquido do interior das lesões de um indivíduo infectado. Ossintomas só aparecem entre 14 e 21 dias após a infecção. O doente transmite o vírus de dois dias antes dos primeiros sinais até que as escoriações sequem.
A catapora é uma doença comum na infância, entretanto, o vírus pode ser adquirido em qualquer fase da vida. O risco de evolução para as formas mais graves é maior entre os adultos. Quanto mais velho o infectado, mais intensas são as lesões. Como a doença é altamente contagiosa, é frequente que ela seja adquirida na infância, em surtos em creches e escolas. Em geral, uma pessoa infectada deve ficar afastada por 14 dias do convívio social, para evitar que outros indivíduos fiquem doentes.
O tratamento visa, basicamente, a amenizar os sintomas. O sistema imunológico controla a replicação viral e, na maioria das vezes, o indivíduo evolui para a cura da doença, mesmo sem cuidados específicos. É importante evitar a contaminação das lesões por bactérias, para não agravar o quadro. As feridas não devem ser coçadas para impedir infecções e futuras cicatrizes. Há remédios, como o ácido acetilsalicílico, que são contraindicadospara pessoas com catapora. Adultos ou pessoas debilitadas que se contaminem com o vírus requerem cuidados especiais.
A catapora era uma das doenças mais comuns da infância antes da criação da vacina. Hoje, nas crianças, ela é aplicada em duas fases: uma dose no 1º ano de vida e a outra aos 4 anos. É também indicada para adolescentes e adultos que ainda não foram contagiados pelo vírus e para pessoas com baixa imunidade ou que passarão por tratamentos de quimioterapia e radioterapia. Depois da segunda vacinação, o imunizado tem mais de 90% de proteção contra as formas mais graves da doença.
Fonte: Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica