Como as vacinas agem no corpo?
Quando uma criança acabade nascer, uma das primeiras providências tomadas por pais e médicos é programar as primeiras vacinas. É quando o organismo ainda fragilizado entra em contato commicroorganismos mortos, enfraquecidos ou inativados que vão lhe conferir, por estranho que pareça,proteção contravírus e bactérias por meio da reação imunológica, criando uma barreira.
Mal essa criança chega ao mundo e já experimenta a primeira dose do imunizante contra a tuberculose e a hepatite B. Até completar um aninho de vida, o bebê terá tomado 14 doses de diferentes vacinas, algumas delas até três vezes apenas nesse curto tempo, conforme o calendário básico de vacinação proposto pelo Ministério da Saúde brasileiro, cujas doses estão disponíveis na rede pública de saúde.
A vacinação, explica a pediatra Maria Cristina Senna Duarte, sensibiliza o sistema imunológico do nosso organismo, prevenindo o surgimento de doenças causadas por vírus e bactérias. Assim, as vacinas ajudam o sistema imunológico a criar meios de defesa rápida e eficaz contra esses microorganismos, prevenindoinfecções.
Após ser aplicada, a vacina atinge a corrente sanguínea. Lá, as células de defesa ficam alertas, em contato com o vírus ou bactéria presente na vacina — seja morto, vivo ou representado apenas por um pedaço do seu material genético —, e produzem um anticorpo contra o invasor.
Após acabar com o falso inimigo,as células defensoras memorizam a informação com aquele perfil e mostram a outros integrantes do sistema imunológico como atacá-lo. É nesse momento que o vacinado produz rapidamente e em grandes quantidades as células e os anticorpos apropriados.
Posteriormente, inclusive vários anos mais tarde, quando ocorrer uma invasão dessa bactéria ou desse vírus no indivíduo imunizado, o sistema imunológico desperta e causa imediatamente uma reação.
As doses de reforço de vacinas são necessárias, em vários casos, porque com o tempo algumas células do sistema defensivo “esquecem” a tática de extermínio e precisam de um novo lembrete.
Fonte : Revista VivaSaúde Ed.62