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Conheça um pouco mais sobre as Vacinas no Brasil em 2015

Conheça um pouco mais sobre as Vacinas no Brasil em 2015

1) Como são as novas vacinas quadrivalentes?

 As vacinas influenza  utilizadas em nosso país até o ano passado eram trivalentes, contendo uma cepa A/H1N1, uma cepa A/H3N2 e uma cepa B (linhagem Yamagata ou  Victoria).  As novas vacinas quadrivalentes licenciadas em 2015 contemplam, além  dessas três, uma  segunda  cepa B e portanto, assim, nas vacinas quadrivalentes teremos as duas linhagens B: Yamagata e Victoria. Como as trivalentes, as vacinas quadrivalentes são inativadas e não possuem  adjuvantes em sua composição. 

 

2) Qual a importância da vacina conter as duas linhagens de vírus B?

 Desde o ano 2000 temos observado,  em todo o mundo,  a co-circulação das duas linhagens de vírus influenza B (Victória e Yamagata) num mesmo ano. Em cerca de

50% das vezes, a linhagem  B contida na vacina não é coincidente com a que predomina numa temporada. Este não pareamento pode reduzir  de forma considerável   o  perfil   de  efetividade   da  vacina  numa   determinada  estação. 

 

3) Quais as diferenças entre as duas vacinas licenciadas no Brasil?

 A vacina quadrivalente do laboratório GSK está licenciada pela ANVISA em nosso país para crianças e adultos  a partir de três anos de idade, em formulação única de 0,5mL. A vacina quadrivalente do laboratório Sanofi  Pasteur  tem registro  na ANVISA de duas formulações: pediátrica, para uso em crianças de seis meses até três anos (0,25mL) e adulta, para crianças e adultos  acima de três anos de idade (0,5mL). Não há diferenças significativas entre elas na resposta imune  ou na reatogenicidade.

  

4) Este ano temos vacinas tri e quadrivalentes disponíveis?

 Sim,por alguns anos devemos conviver com as duas vacinas. Como no passado já tivemos vacinas monovalentes e bivalentes, a tendência com o passar dos anos é só haver produção  de vacinas quadrivalentes. Nos Estados Unidos, nesta segunda temporada de utilização de vacinas quadrivalentes, cerca de 50% das doses distribuídas  naquele  país  foram   quadrivalentes,  no  primeiro  ano  foram   22%. 

 

5) Há algum grupo prioritário para receber a vacina quadrivalente?

 As recomendações  para  as vacinas quadrivalentes são as mesmas  que  aquelas previstas  para  as  vacinas  trivalentes.  No  entanto,  neste  primeiro  ano,  essas vacinas só estarão disponíveis em clínicas privadas de imunização. Portanto, é importante lembrar que os grupos  de maior  risco para as complicações  e óbitos por influenza, beneficiados  pela vacinação na rede pública, também podem se beneficiar   com  a  vacina  quadrivalente,  mas  na  impossibilidade  disso,  estes indivíduos  não devem deixar de se vacinarem utilizando a vacina que estiver disponível.

 

 6) Qual a vacina que será utilizada  na campanha  do Ministério da Saúde?

 Em 2015, a vacina que será utilizada na Campanha de Vacinação contra a Gripe do Ministério da  Saúde  será  a trivalente,  contendo  uma  cepa  AH1N1,  uma  cepa AH3N2 e uma cepa B linhagem Yamagata. 

 

7) Esta nova vacina se mostrou eficaz?

 As vacinas influenza  quadrivalentes foram  licenciadas  baseadas em  estudos  de imunogenicidade  e  de  segurança.  Não  foram   realizados  estudos  de  eficácia. Espera-se, pela maior  abrangência  e cobertura dessas vacinas, uma maior efetividade. 

 

8) É uma vacina mais reatogênica  que a trivalente?

 Os estudos de licenciamento de ambas as vacinas quadrivalentes licenciadas não demonstraram maior  incidência  de eventos adversos, tanto locais quanto sistêmicos, comparados  com a vacina trivalente. O perfil de segurança é o mesmo. 

 

9) As vacinas quadrivalentes podem ser utilizadas na gestação?

 Sim,gestantes constituem grupo  prioritário para a vacinação, pelo maior  risco de desenvolver  complicações  e pela transferência de anticorpos ao bebê e proteção contra a doença  nos primeiros meses de vida. A vacina só é acrescida de uma linhagem   da  cepa  B  e  os  dados  de  segurança  com  a  vacina  trivalente  são suficientes para esta indicação. 

 

10) Crianças que receberam duas doses da vacina trivalente em anos anteriores, este ano deverão receber duas doses da quadrivalente?

 Não é necessário. Como regra geral, tanto para as vacinas quadrivalentes como para as trivalentes, crianças que receberam  duas doses na primovacinação, devem receber em anos posteriores, somente uma dose. 

 

11) Crianças que  vão receber  pela  primeira vez a vacina  influenza  podem receber uma dose da trivalente e a segunda da quadrivalente?

 Não há estudos  de intercambialidade com  as diferentes vacinas influenza,  tri e quadrivalente, porém  não há plausibilidade biológica para supor algum problema com este esquema. 

 

12)  Indivíduos  que  receberam  a  vacina  trivalente podem  receber,  numa mesma temporada, uma dose da quadrivalente para ampliar  a proteção?

 Podem. Em relação às crianças, embora  não haja estudos  com aplicação de três doses  de  vacina  influenza   numa   mesma   temporada,   não  é  provável   haver problemas relacionados  à segurança deste esquema. 

 

13) Crianças que foram imunizadas,  na primeira dose, com a vacina quadrivalente de um determinado produtor, podem receber a segunda dose com uma vacina quadrivalente de outro produtor?

 Sempre que possível devemos manter o esquema com a mesma vacina. Na falta do produto ou quando  não se conhece a vacina que foi utilizada na primeira dose, qualquer vacina influenza  (tri ou quadrivalente), de qualquer produtor, deve ser utilizada.

 

 14) Existe um intervalo mínimo entre as duas vacinas (tri e quadrivalente)?

 O intervalo ideal é de quatro  semanas entre duas vacinas influenza  podendo  ser utilizadas com intervalo mínimo  de três semanas. 

 

15) A nova vacina pode ser aplicada simultaneamente com outras vacinas?

 A exemplo  das vacinas trivalentes, as vacinas quadrivalentes também podem  ser aplicadas simultaneamente com as demais vacinas do calendário  da criança, adolescente, adulto ou idoso.

  

16) A vacina pode ser utilizada  em imunodeprimidos?

Trata-se  também  de  uma  vacina  inativada,   como  a  trivalente,  portanto  sem restrições de uso em populações imunocomprometidas, que tem indicação de vacinação especialmente reforçada. 

 

17) A vacina deve ser aplicada por via intramuscular?

 As vacinas quadrivalentes devem  ser administradas, como  as trivalentes, por  via intramuscular. Em casos excepcionais, como por exemplo, em pacientes com discrasias sanguíneas, podem ser administradas pela via subcutânea. 

 

18) Pacientes alérgicos ao ovo podem receber a vacina?

 A  regra   é   a   mesma   para   as  vacinas   influenza   tri  ou   quadrivalentes.  É contraindicada a  vacinação  somente  em  indivíduos   com  reação  de hipersensibilidade tipo anafilática ao ovo. Apesar de revisão recente de dados publicados  mostrar que mesmo pessoas extremamente  alérgicas  ao  ovo  não  desenvolveram  anafilaxia  após  a administração  da  vacina,  devemos  utilizar  nesses  casos  com  muito   cuidado, pesando risco-benefício.

  

19) A SBIm recomenda  qual das duas vacinas?

 A SBIm recomenda  o uso preferencial, sempre que disponível, das vacinas quadrivalentes, pelo seu maior espectro de proteção. Porém, reforça que, na indisponibilidade do produto, a vacina trivalente deve ser utilizada de maneira rotineira,  especialmente em  grupos  de maior  risco  para  o desenvolvimento de formas graves da doença, mantendo a recomendação de vacinação universal.

 Fonte: Portal Saúde – Ministério da Saúde Governo Federal

 

www.pasteur.bio.br  

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