Detecção e Genotipagem de Alto Risco para HPV
HPV tipo 16 e HPV tipo 18 são responsáveis por mais de 70% dos casos de câncer cervical e estão, significativamente, associados a um maior risco progressão da doença, em comparação com outros genótipos de HPV de alto risco. A distinção do HPV 16 e HPV 18 de outros tipos oncogênicos de HPV é importante para identificar as mulheres com maior risco de neoplasia intra-epitelial cervical nível 3 e permitir uma abordagem menos agressiva de mulheres com outras infecções por HPV oncogênicos. Para prevenir a progressão da doença, o HPV deve ser detectado e tratado precocemente.
Consequentemente, o teste de DNA para HPV é estabelecido na maioria dos países europeus para rastreio do câncer de colo uterino e, atualmente, é recomendado para o acompanhamento de lesões, após a terapia ou como adjuvante para aumentar a sensibilidade da citologia para as mulheres com idade superior a 30 anos.
A detecção dos 14 genótipos de HPV de alto risco e a genotipagem do HPV 16 e HPV 18 permitem melhor avaliação de risco e tratamento do paciente. Este teste fornece as informações necessárias para a estratificação ideal do paciente; consolidando as ferramentas diagnósticas de seleção e genotipagem em uma única reação, portanto muito mais custo-efetiva.
O exame de Captura Híbrida continua sendo o exame mais solicitado pelos médicos, pois é um processo molecular extremamente sensível e de fácil execução, reconhecido pelo Food and Drug Administration (FDA), órgão norte americano, e Ministério da Saúde brasileiro. Essa técnica não fornece, de rotina, a tipagem viral específica e sim por grupos (alto e baixo riscos. A carga viral, não representa fator preditivo para o surgimento de lesões intraepiteliais de alto grau do colo uterino.
Outro aspecto importante com relação a essa técnica é o fato de que a captura híbrida pode interpretar como persistente, portanto de alto risco para câncer, uma infecção que na realidade sofreu mudança do tipo viral, ao longo do tempo, por um outro vírus de alto risco, o que descaracterizaria uma infecção persistente. Esse inconveniente pode ser evitado com uma técnica que fornece o tipo viral específico, como PCR.