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Estudo genético ajuda a prevenir infarto

Estudo genético ajuda a prevenir infarto

Por ano, cerca de 300 mil pessoas sofrem o chamado infarto agudo do miocardio (IAM), no Brasil. O número de mortes chega a 80 mil. No mundo, a estimativa é que 17 milhões de pessoas sofram com doenças cardiovasculares, que acometem cada vez mais mulheres e jovens. Foi apontado também um aumento de 13% no número de internações de jovens por infarto no último ano. Os dados recentes foram divulgados por órgãos como o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).

Em 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou que asdoenças cardiovasculares, como cardiopatia isquêmica e infartos, estão entre as 10 principais causas de mortes do planeta. Segundo a organização, as doenças cardiovasculares já lideravam a classificação em 2000. Estresse, má alimentação, sedentarismo e tabagismo são fatores de risco, mas a predisposição genética tem função fundamental no desenvolvimento deste mal, independente da idade ou do sexo.

"O mapeamento dos genes relacionados a problemas cardiovasculares antecipam as intervenções relacionadas à prevenção em um tempo considerável. Fica cada vez mais evidente que as alterações encontradas em exames de check-up corriqueiros, como os de sangue - que medem as taxas de colesterol, triglicérides, glicose, insulina e ácido úrico -, e que podem antecipar o perigo de aparecimento de um evento cardiovascular no futuro, têm sempre relação com alguma alteração genética. Desta forma, determinando-se o perfil de alguns genes específicos, sabidamente relacionados com o risco de desenvolvimento destas doenças, pode-se antecipar ainda mais as medidas de prevenção com medicamentos e mudanças de hábitos", explica o Dr. Ricardo Diaz, diretor médico do Centro de Genomas, em São Paulo.

Foco no problema 

No campo da medicina, muitas pesquisas foram conduzidas para determinar os genes relacionados com infarto, derrame cerebral, tromboses espontâneas, insuficiência cardíaca, hipertensão arterial e outros. O médico Ricardo Diaz conta que, desta forma, são mapeados 12 marcadores genéticos capazes de apontar o tipo de ameaça e de intervenção a ser feita. É bom ressaltar, que os marcadores genéticos não necessariamente implicam que determinado mal ocorrerá.

Alguns fatores externos precisam ‘ativar’ estes genes em um mecanismo conhecido como epigenética. Os exames relacionados ao chamado "Perfil Genético de Risco Vascular" antecipam a prevenção específica para cada doença ou cada risco, se tornando um importante aliado na manutenção da saúde e na diminuição das chances de ser acometido por uma doença grave, causadora do maior número de mortes no mundo. 

"Essas indicações podem ser o uso de antiagregantes plaquetários, suplementação com ácido fólico ouvitamina B6 e B12, uso de medicamentos específicos para prevenção de hipertensão, de disfunção do músculo cardíaco e de insuficiência renal, interrupção de suplementação com hormônios ovarianos, controle do tabagismo, entre outros. Aponta, também, a presença de um gene capaz de atuar na proteção contra essas doenças", esclarece.

Fonte: Revista Viva Saúde.

 

 

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