Frutosamina
A frutosamina é aumentada em portadores de diabetes melito (DM) em decorrência da formação de aldiminas instáveis e reversíveis que são posteriormente rearranjadas a cetoaminas irreversíveis e estáveis na presença de hiperglicemia persistente. É proporcional à concentração da glicemia e correlaciona-se com a glicemia de jejum e com a hemoglobina glicada (HbA1c).
A frutosamina pode ser utilizada como parâmetro auxiliar para o controle glicêmico de portadores de DM em situações nas quais a aplicabilidade da HbA1c é limitada, como hemoglobinopatias, hemólise, hemoglobina carbamilada e anemia .Por ser um produto de glicação não enzimática das proteínas séricas, em sua maioria a albumina (50-80%), a frutosamina representa a concentração média da glicose em três semanas e é um parâmetro alternativo à automonitoração da glicemia capilar para estimar o controle glicêmico a curto prazo.
Adicionalmente, correlaciona-se com a média pós-prandial máxima da glicose (MPMG), área sob a curva para glicemia superior a 180 mg/dL (AUC-180) e a média da amplitude das excursões glicêmicas que representam, respectivamente, os dois primeiros, a hiperglicemia pós-prandial e o último, a variabilidade glicêmica. Em grupos especiais, como portadores de nefropatias em programa de diálise, a frutosamina é útil para avaliar o controle glicêmico e se relaciona com desfechos clínicos e mortalidade.
Em portadoras de diabetes na gestação, nas quais a necessidade de controle glicêmico rigoroso é imperativo para prevenção de complicações materno-fetais e ajustes frequentes nas doses de insulinas são indispensáveis, a frutosamina tem sido utilizada para avaliar o controle glicêmico a curto prazo.
Fonte: Avaliação da frutosamina como parâmetro de controle glicêmico na gestante diabética