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Resultado inédito poderá colocar Aline Rocha nas Paralímpiadas do Rio 2016

Resultado inédito poderá colocar Aline Rocha nas Paralímpiadas do Rio 2016

Na sua última chance, Aline Rocha surpreende ao vencer a Grandma’s Marathon e melhora sua marca em 7 minutos. Em sua primeira vitória fora do Brasil, a atleta atinge o objetivo de ficar entre as 6 primeiras no Ranking Internacional. Desde a criação do Comitê Paralímpico Brasileiro, 1995, poderá ser a primeira vez que o Brasil terá representante mulher nas provas de Corridas em Cadeira de Rodas.

Foram diversas tentativas, foram várias competições, mas finalmente alcançaram seus objetivos. O ano começou coma participação no Summer Down Under na Austrália, em Janeiro onde a atleta conseguiu melhorar algumas marcas nas provas de pista. Depois foi a vez de romper, pela primeira vez, a barreira dos 18s na prova dos 100m na Etapa Regional do Circuito Loterias Caixa, em São Paulo. Em abril teve a oportunidade, pela primeira vez, de vestir as cores do Brasil, competindo na Maratona de Londres, evento que serviu como Copa do Mundo de Maratona Paralímpica, onde infelizmente foi desclassificada. Depois de Londres, muita coisa mudou, principalmente o formato da luva, chamada de empunhadura (feita de material rígido similar a uma órtese) e parte de seu treinamento. Em maio foi a vez de ir a Nottwil na Suíça para tentar melhorar algumas marcas em provas de pista (de 100m a 5.000m) e voltou para o Brasil com o recorde brasileiro em todas as distâncias oferecidas para sua categoria (T54). Foram apenas duas semanas de treino e já teve que encarar a Maratona Internacional de Porto Alegre, onde pretendia melhorar sua marca para a distância, que até então era de 1h49m37s, mas o frio foi um grande obstáculo e ao se aproximar do quilômetro 10, percebendo que estava acima da meta, resolveu se poupar, pois em menos de 7 dias estaria nos Estados Unidos para sua última oportunidade. Mesmo terminando com o tempo de 2h05m, Aline não se abalou, a última oportunidade não poderia ser desperdiçada. O cronograma não era favorável, chegou na cidade de Duluth apenas um dia antes da competição, sem tempo para se ajustar ao fuso horário (de apenas 2 horas) e tão pouco fazer um treino leve de adaptação ao ambiente. Era a última grande chance, estava em jogo mais do que uma vitória, era a chance de ser convocada pela seleção brasileira.

  A competição realizada na cidade de Duluth, estado de Minnesota, EUA tem recebido número expressivo de corredores em cadeira de rodas. Com asfalto de boa qualidade, percurso plano e com curvas apenas nos últimos 2km, a Grandma’s Marathon registrou nos últimos 5 anos, tempos impressionantes. Na busca de melhorar marcas e consequentemente a posição no Ranking Mundial, atletas corredores em cadeira de rodas do mundo todo vão a Duluth. “Estávamos ansiosos por essa prova, mas sabemos da dificuldade. É necessária muita preparação e um pouco de sorte para alcançarmos o objetivo” destacou o técnico Fernando Orso Alves ao falar da difícil meta de fazer o percurso abaixo de 1h46m para ficar entre as 6 primeiras no Ranking Internacional. Diferente de outras corridas, a linha de largada estava a mais de 40km de distância da linha de chegada e não havia transporte para técnicos, acompanhantes e familiares. “Fiquei na linha de chegada, mas não sabia o horário exato da largada” relatou Fernando que tentava obter informações sobre as parciais da prova (passagem pelos 10km, 21km, 32km e 40km), porém o site responsável por essas informações, não funcionou. “Estava sem informações nenhuma e quando vi o capacete vermelho, já comemorava a vitória, mas mal sabia eu, o tempo que ela tinha feito”. Em entrevista a Fox Sport, Aline relatou que por muito tempo andou junto com a, também brasileira, Maria de Fátima Fonseca e nos últimos 2km começou a abrir uma pequena vantagem nos trechos com várias curvas, terminando a prova com uma vantagem de apenas 2s. “Foi uma prova incrível, o percurso estava perfeito, havia pouco vento, temperatura agradável e mal consigo acreditar no tempo que fiz” destacou Aline.

Com o tempo de 1h41m40s a atleta Aline Rocha pulou de 10ª para a 4ª posição no Ranking Internacional dos atletas com Índice para os Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Para mensurar a conquista, é preciso olhar o histórico da categoria. Na história dos jogos paralímpicos, o Brasil só teve representantes femininas nas corridas em cadeira de rodas até 1992. Após a criação do Comitê Paralímpico Brasileiro o Brasil deixou de ter mulheres corredoras em cadeira de rodas, seja em Mundiais como em Jogos Paralímpicos. Os jogos do Rio de Janeiro poderá ser um divisor de águas para essa categoria, sendo Aline Rocha e seu técnico Fernando Orso Alves, os principais protagonistas desse acontecimento.

Pelas redes sociais, Aline e Fernando agradeceram a todos que contribuíram para essa conquista, destacando os patrocinadores Laboratório Pasteur, Magnetron e Jumper Equipamentos, o apoio da Farmácia Formulárium e Suellen Lorencci Nutricionistas. Agradeceram a Secretaria da Pessoa com Deficiência de São Caetano do Sul, IEMA – Instituto Elizângela Maria Adriano e a administração do Centro de Treinamento da BM&F Bovespa pelo suporte recebido em São Caetano do Sul. Nos dias 25 e 26 de junho Aline estará competindo na 1ª Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa que será realizada em São Paulo, no recém inaugurado Centro Paralímpico de Treinamento. A lista oficial de convocação dos atletas brasileiros para os jogos do Rio 2016, deverá ser divulgada na última semana de Julho.

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