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Uso prolongado de remédios pode comprometer o fígado

Uso prolongado de remédios pode comprometer o fígado

Doenças pré-disponentes como as hepatites virais e o uso prolongado de alguns medicamentos também são fatores que podem comprometer o fígado

 Outras medidas são fundamentais para não deixar que a doença se instale ou para reverter o quadro. A prática regular de atividade física não pode faltar, assim como o esforço ou a busca de ajuda para abandonar o cigarro e o álcool, que são dois fatores que trazem malefícios ao fígado ea diversos outros órgãos.A alimentação tem um peso enorme na prevenção e no tratamento da esteatose hepática, afinal, a ela também estão atrelados problemas como obesidade, altos níveis de triglicérides e colesterol e aumento da pressão arterial. Mas é importante lembrar que existem outros fatores que podem afetar a saúde do fígado. A lista inclui consumo de  álcool, uso de alguns medicamentos, doenças da tireoide, hepatites virais e tendência ao diabetes. “Quando se tem três ou mais destas características falamos em síndrome metabólica, sendo necessário tratar estas pessoas para normalização das alterações”, afirma Edison Roberto Parise, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH ).

Embora o número de fumantes no Brasil esteja em queda, ainda há muito a caminhar para que os dados sejam vistos como positivos. Segundo o último Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), feito por pesquisadores da Unidade de Pesquisas em Álcool e Drogas (Uniad) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o número de  fumantes no país passou de 19,3% em 2006 para 15,6% em 2012, uma queda de 20%. Por outro lado, entre os fumantes constatou-se que no mesmo período eles saltaram de 12,9 para 14,1 o número de cigarros por dia.

Atenção aos remédios

Mas se para alguns é possível protelar a medida benéfica à saúde, para outros é urgente mudar os hábitos que envolvem o cigarro, a bebida e a má alimentação. Os especialistas alertam também para o cuidado com a automedicação, que pode prejudicar o fígado. Anti-inflamatórios, antifúngicos, paracetamol e remédios à base de ácido acetilsalicílico são alguns exemplos dos que são comprados e consumidos indiscriminadamente e que podem trazer consequências ao órgão. “O uso inadvertido de medicamentos deve ser evitado”, reforça a gastroenterologista Luciana Costa Faria, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Quem já sofre com hepatite, cirrose ou em casos em que a doença evoluiu a ponto de haver necessidade de transplante, os cuidados devem ser redobrados. “Estes são pacientes que podem apresentar um catabolismo proteico muscular e visceral aumentado, por isso deve-se elevar um pouco a ingestão de proteínas, sendo que em alguns casos é necessário utilizar uma suplementação, seguindo orientações do nutricionista ou médico que acompanha o paciente”, esclarece Natália Baraldi, nutricionista da Unesp Botucatu.

 

Fonte: Coleção VivaSaúde Especial - Fígado 

 

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