Vacina contra a gripe está disponível no Laboratório Pasteur
Laboratório reforça estoques da vacina contra Influenza A (H3N2), Influenza A (H1N1) e pelo vírus Influenza B. Vacina custa R$ 65,00.
Com o inverno cada vez mais próximo, a preocupação com a gripe A começa a aparecer. A estação só iniciará às 07h51 do dia 21 de junho. . E uma das grandes preocupações da população na época de temperaturas amenas, são doenças respiratórias e principalmente não ficar gripado.
A campanha de vacinação contra a Gripe A, nas Unidades Básicas de Saúde chegou ao fim neste dia 30 de maio. E agora os laboratórios particulares é a alternativa para quem deseja se imunizar contra a gripe mas, não se enquadra em nenhum grupo prioritário para receber a dose gratuitamente. Segundo o Ministério da Saúde, apenas idosos, crianças de até seis anos, gestantes, indígenas, pacientes com doenças crônicas e profissionais de saúde do Estado podem se imunizar nas Unidades Básicas de Saúde.
Em Joaçaba, o Laboratório Pasteur, oferece a vacina dos três vírus conhecidos como Influenza (A, B e C), o A é considerado o mais agressivo, desde o dia 27 de março e não possui prazo para término de aplicação da vacina contra a gripe. O valor da dose é de R$ 65. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 5h50h às 20h e, aos sábados, das 6h ao meio-dia.
Conforme o proprietário do Laboratório Pasteur de Joaçaba, Gláucio Grando Galli, a melhor forma de prevenção, de acordo com ele, é a vacina. “Esse tipo de vírus sofre várias mutações, por isso é mais grave. Sua transmissão acontece mais facilmente”, explica. “Chegamos a registrar a falta de vacina em alguns dias, mas os laboratórios que fornecem o material estão conseguindo atender a demanda”.
Galli destaca que a procura da vacina neste ano é bem parecida com a do ano passado, mesmo sem o registro de casos de Gripe A na região. “As pessoas começaram a incorporar a vacinação ao seu inverno e é um custo benefício. Avalio esta vacinação como “culta”, a população aprendeu a se prevenir e não esperar o aparecimento de casos para correr ao laboratório e até ficar sem vacinas”, disse o proprietário do Laboratório Pasteur, ressaltando que o paciente que se imunizar no laboratório recebe um documento que certifica a data e o lote da vacina aplicada para evitar futuros problemas.
A vacina é elaborada com partículas inativas do vírus, não existindo qualquer possibilidade de provocar a doença. Entretanto, é importante saber que, mesmo tomando a vacina, você pode ter gripe, mas provavelmente ela será mais amena do que seria sem a vacina. Outro fato importante é que a vacina não protege contra outras doenças parecidas com a gripe, como o resfriado comum, por exemplo.
Prevenção
A época ideal de se vacinar é durante o outono, até junho, para que os níveis de anticorpos estejam adequados quando o inverno chegar.
“A vacina leva de duas a quatro semanas para gerar imunização, por isso é importante se proteger o quanto antes. Todas as pessoas com mais de seis meses de idade devem se vacinar”, alerta Galli.
Segundo ele, as contraindicações do medicamento serão as mesmas dos anos anteriores. “As grávidas, lactantes, alérgicos às proteínas do ovo e seus derivados ou pessoas que estiverem gripadas e febris não devem tomar a vacina. Vale ressaltar também que todos devem consultar um médico para saber se estão aptos a se vacinar, pois o profissional saberá orientar se o paciente possui alguma restrição quanto aos componentes da vacina”, recomenda.
As reações após a vacinação variam de pessoa para pessoa. Há um mito que fala que a vacina causa gripe. É importante lembrar que ela é composta por vírus inativados, ou seja, eles não estão vivos e não causam sintomas de gripe, mas sim de resfriado que já podiam estar incubados no organismo. Estudos indicam que 1% das pessoas que tomam a vacina sente dores no corpo e cabeça, coriza e febre baixa. Entre 5% e 10% apresentam desconfortos no local da aplicação e indisposição.
Galli que esclarece ainda o grau de eficiência da vacina. “Ela é eficaz, mas não 100%. A vacina é feita de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, que identifica os vírus mais perigosos do momento. Portanto, se surge um novo, a eficácia é zero”.
O proprietário do laboratório destaca que um pequeno número da população é imune a vacina e chega a 12% população. “De sete pessoas vacinada, uma não será imunizada, mesmo vacinado seu organismo não processa o medicamento”.
Cuidados
Os pacientes devem ficar atentos, pois os sintomas da gripe A são parecidos com os do resfriado (coriza, congestão nasal, espirro, tosse, dor de garganta e cabeça), acrescidos da febre alta - acima dos 38°C. “Em alguém com a imunidade baixa, isso pode ocasionar pneumonia ou doença respiratória. A vacina ajuda quem tem a imunidade mais baixa a passar por um surto”, comenta.
Oriente-se
Alguns cuidados são básicos para se prevenir contra a gripe, como: lavar frequentemente as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar; e manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas.
Na rede pública
Segundo a Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa), em um mês de campanha foram imunizadas quase 2 milhões de pessoas, o equivalente a 61,5% do público alvo. A meta é vacinar 2,5 milhões de pessoas. A meta do Ministério da Saúde é imunizar 49,6 milhões de pessoas dos chamados “grupos prioritários” em todo o país.
Foram vacinadas crianças com seis meses e menores de cinco anos (quatro anos, 11 meses e 29 dias), trabalhadores da saúde, gestantes, indígenas, idosos, pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais e mulheres no puerpério (até 45 dias após o parto).
Em SC
Mesmo apresentando até o momento o melhor índice nacional, com 60% de cobertura vacinal alcançada durante as três primeiras semanas de campanha, Santa Catarina não conseguiu atingir a meta de 80% estipulada pelo Ministério da Saúde, que era imunizar 1,4 milhão de pessoas dos grupos prioritários.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) tinha o registro de 771.898 pessoas vacinadas. Dos municípios catarinenses, 22% já conseguiram superar a meta de vacinação.
Foram confirmados 13 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelo vírus Influenza em Santa Catarina. Desse total, nove são casos de Influenza A(H3N2), dois por Influenza A(H1N1) e dois pelo vírus Influenza B.
Os casos de gripe por influenza A(H3N2) ocorreram em três moradores residentes em Joinville, dois em Florianópolis, dois em Chapecó, um em Itajaí e um em Morro da Fumaça. O vírus influenza A(H1N1) foi confirmado em um caso em Balneário Camboriú e um em São José do Cedro. Já o Influenza B ocorreu em um morador de Joinville e em um de Criciúma.
Até o momento, não foi registrado nenhum óbito por Influenza no Estado. A SRAG por Influenza é um caso de síndrome gripal que evolui com comprometimento da função respiratória, causada pelo vírus Influenza A ou B.
Fonte: Site Diário do Vale | Fotos: Paula Patussi/DV