Vacina contra gripe está disponível no Laboratório Pasteur
Com o inverno cada vez mais próximo - só começa às 13h38 do dia 21 de junho de 2015, a preocupação com a gripe A começa a aparecer devido aos casos suspeitos e já confirmados na região.
Em Joaçaba, o Laboratório Pasteur oferece vacina diferente da rede pública que oferece apenas a trivalente e protege contra três tipos de vírus. Já a tetravalente, disponível apenas nas clínicas particulares, está no seu primeiro ano de aplicação e imuniza contra um quarto tipo da doença. No entanto, a tetravalente que está sendo oferecida atualmente só pode ser aplicada a partir dos três anos de idade.
A procura em laboratórios particulares é grande e, uma alternativa para quem deseja se imunizar contra a gripe mas, não se enquadra em nenhum grupo prioritário para receber a dose gratuitamente.
O Laboratório Pasteur está imunizando os pacientes desde o dia 12 de maio e não possui prazo para término de aplicação da vacina contra a gripe e possui estoque com mais de 5 mil doses. O valor da vacina é de R$ 65,00 e ainda prevê descontos para conveniados. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 5h50h às 20h e, aos sábados, das 6h ao meio-dia.
Vacina tetravalente
Desde 2012, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere incluir mais um tipo B na vacina, ficando com quatro componentes AH1N1, AH3N2 e dois tipos B (a trivalente só tem um tipo B). 2015 é o primeiro ano que a tetra estará disponível no Brasil. A previsão é que o percentual de aplicação não passe de 10%. Com a vacinação do ano passado e após estudos, foi identificado que de 100 pessoas, apenas 56 ficaram imunizadas. Por isso a inclusão de um novo agente na vacina.
Segundo o proprietário do Laboratório Pasteur de Joaçaba, Gláucio GrandoGalli, a fabricação da tetravalente é licenciada por dois laboratórios. A vacina tetra da GlaxoSmithKline, que já está disponível, só foi permitida pela Anvisa a partir dos três anos de idade. Já a dose do laboratório Sanofi Pasteur está licenciada a partir dos seis meses, mas não chegou aos postos.“Esse tipo de vírus sofre várias mutações, por isso é mais grave. Sua transmissão acontece mais facilmente”, explica.
Galli destaca que a procura da vacina neste ano é bem parecida com a do ano passado. “As pessoas começaram a incorporar a vacinação ao seu inverno e é um custo benefício. E a população criou uma cultura de prevenção, sem esperar o aparecimento de casos para correr ao laboratório”, disse o proprietário do Laboratório Pasteur, ressaltando que o paciente que se imunizar no laboratório recebe um documento que certifica a data e o lote da vacina aplicada para evitar futuros problemas.
A vacina é elaborada com partículas inativas do vírus, não existindo qualquer possibilidade de provocar a doença. Entretanto, é importante saber que, mesmo tomando a vacina, você pode ter gripe, mas provavelmente ela será mais amena do que seria sem a vacina. Outro fato importante é que a vacina não protege contra outras doenças parecidas com a gripe, como o resfriado comum, por exemplo.
Prevenção
A época ideal de se vacinar é durante o outono, até junho, para que os níveis de anticorpos estejam adequados quando o inverno chegar.“A vacina leva de duas a quatro semanas para gerar imunização, por isso é importante se proteger o quanto antes. Todas as pessoas com mais de seis meses de idade devem se vacinar”, alerta Galli.
Segundo ele, as contraindicações do medicamento serão as mesmas dos anos anteriores. “As grávidas, lactantes, alérgicos às proteínas do ovo e seus derivados ou pessoas que estiverem gripadas e febris não devem tomar a vacina. Vale ressaltar também que todos devem consultar um médico para saber se estão aptos a se vacinar, pois o profissional saberá orientar se o paciente possui alguma restrição quanto aos componentes da vacina”, recomenda.
As reações após a vacinação variam de pessoa para pessoa. Há um mito que fala que a vacina causa gripe. É importante lembrar que ela é composta por vírus inativados, ou seja, eles não estão vivos e não causam sintomas de gripe, mas sim de resfriado que já podiam estar incubados no organismo. Estudos indicam que 1% das pessoas que tomam a vacina sente dores no corpo e cabeça, coriza e febre baixa. Entre 5% e 10% apresentam desconfortos no local da aplicação e indisposição.
Galli que esclarece ainda o grau de eficiência da vacina. “Ela é eficaz, mas não 100%. A vacina é feita de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde, que identifica os vírus mais perigosos do momento. Portanto, se surge um novo, a eficácia é zero”.
O proprietário do laboratório destaca que um pequeno número da população é imune a vacina e chega a 12% população. “De sete pessoas vacinada, uma não será imunizada, mesmo vacinado seu organismo não processa o medicamento”.
Cuidados
Os pacientes devem ficar atentos, pois os sintomas da gripe A são parecidos com os do resfriado (coriza, congestão nasal, espirro, tosse, dor de garganta e cabeça), acrescidos da febre alta - acima dos 38°C. “Em alguém com a imunidade baixa, isso pode ocasionar pneumonia ou doença respiratória. A vacina ajuda quem tem a imunidade mais baixa a passar por um surto”, comenta.
Oriente-se
Alguns cuidados são básicos para se prevenir contra a gripe, como: lavar frequentemente as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz após contato com superfícies; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir a boca e o nariz com o antebraço ou lenço descartável ao tossir ou espirrar; e manter os ambientes arejados, com portas e janelas abertas.
F - Laboratório Pasteurpossui estoque de até cinco mil doses da vacina. Foto: Paula Patussi