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Vacina da gripe (influenza)

Vacina da gripe (influenza)

Imunização é opcional e previne doença respiratória aguda

A vacina da gripe é opcional e está disponível na rede privada e na rede pública para gestantes, pessoas com 60 anos ou mais, mulheres até 45 dias após o parto, indígenas, crianças de seis meses e menores de dois anos, profissionais de saúde, além dos doentes crônicos e pessoas privadas de liberdade.

As vacinas são trivalentes, ou seja, imunizam contra três tipos de vírus diferentes. A composição da vacina é recomendada anualmente pela OMS, com base nas informações recebidas de todo o mundo sobre a prevalência das cepas circulantes. Dessa forma, a cada ano a vacina da gripe muda, para proteger contra os tipos mais comuns de vírus da gripe naquela época. A vacina da campanha de 2014 no Brasil previne contra os vírus da gripe H1N1 (gripe suína), gripe H3N2 e influenza B.

Existem três tipos de vacinas contra influenza:
- vacinas de vírus fracionados;
- vacinas de subunidades;
- vacinas de vírus inteiros.

No Brasil, utilizam-se apenas as vacinas de vírus fracionados ou de subunidades. Qualquer um desses dois tipos pode ser utilizado em todas as idades. Na composição das vacinas entram antibióticos, tais como a neomicina e a polimixina, e o timerosal como conservante. As vacinas contra influenza têm sido fornecidas em seringas já preparadas com 0,25ml e 0,5ml, bem como em frascos multidoses.

Doenças que a vacina previne

 

Os vírus da influenza causam doença respiratória aguda, denominada influenza ou gripe, caracterizada clinicamente por febre alta, calafrios, cefaleia, mal estar, mialgia e tosse seca. Conjuntivite, dor abdominal, náusea e vômitos são frequentes. Em crianças pequenas o quadro clínico pode simular uma sepse. O mal estar geral pode persistir por vários dias e até mesmo semanas. Pode ocorrer miosite - inflamações musculares -, com dores musculares e dificuldade de andar.

Entre as complicações que podem ocorrer destacam-se a pneumonia, viral ou bacteriana, e a síndrome de Reye, que se caracteriza pela presença de encefalopatia grave, mais comumente observada em escolares, muitas vezes em associação com o uso de ácido acetilsalicílico (aspirina). As pessoas idosas e aquelas com doenças de base têm maior risco de complicações.

São também especialmente vulneráveis às complicações as pessoas imunocomprometidas, tais como os receptores de transplantes, os recém nascidos internados em UTIs e os pacientes com aids ou mucoviscidose.

Os vírus da influenza são ortomixovírus, com três tipos antigênicos: A, B e C. O mais importante epidemiologicamente é o tipo A, capaz de provocar pandemias, seguido do tipo B, responsável por surtos localizados. O tipo C está associado com a etiologia de casos isolados ou de pequenos surtos.

Os vírus da influenza A são subclassificados com base nas características de dois antígenos, a hemaglutinina (H) e a neuraminidase (N), havendo três subtipos de hemaglutininas (H1, H2 e H3) e duas neuraminidases (N1 e N2). A imunidade a estes antígenos - especialmente à hemaglutinina - reduz a probabilidade de infecção e diminui a gravidade da doença quando esta ocorre. A infecção contra um subtipo confere pouca ou nenhuma proteção contra os outros subtipos.

Com intervalos variáveis, aparecem subtipos totalmente novos (por exemplo, mudança de H1 para H2), o que se denomina mudança antigênica maior, responsável por pandemias; mudanças antigênicas menores, dentro de cada subtipo, associam-se com a ocorrência de epidemias anuais ou surtos regionais.

Indicações da vacina

No que se refere aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs), a Comissão Assessora de Imunizações do Ministério da Saúde estabeleceu as seguintes prioridades para vacinação:

- Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, com doença pulmonar ou cardiovascular crônicas e graves, insuficiência renal crônica, diabetes melito insulino-dependente, cirrose hepática e hemoglobinopatias;

- Adultos e crianças com seis meses de idade ou mais, imunocomprometidos ou HIV-positivos;

- Pacientes submetidos a transplantes;

- Profissionais de saúde e familiares que estejam em contato com os pacientes mencionados anteriormente.

- Pessoas de 60 anos e mais, por ocasião das campanhas anuais.

 Grávidas podem tomar a vacina?

 

No caso de gestantes, é feita essa vacinação para prevenção, portanto ela não só é permitida como é administrada durante a gravidez.

Doses necessárias da vacina

 

Crianças com até nove anos devem receber duas doses, com espaço de quatro a seis semanas entre elas. Crianças com mais de nove anos e adultos recebem apenas uma dose. A vacina pode ser dada a partir dos seis meses de idade, anualmente, e preferencialmente antes da chegada do inverno.

Administração da vacina

A vacina é aplicada através de injeção intramuscular ou subcutânea.                                         Perguntas frequentes

Existem exames que podem identificar se estamos imunizados?

Vacinas de patógenos vivos, que podem causar a doença, conseguem sim ser identificadas por meio de exames de sangue - mas isso não tem relevância no ponto de vista médico. Isso porque a única forma de comprovar que uma pessoa está vacinada ou não é pela apresentação do registro na carteirinha.O Ministério da Saúde só considera vacina válida aquela em que o registro foi credenciado corretamente por uma corporação autorizada.

Pessoas com alergia a alguma vacina não poderão tomá-la nunca mais?

No geral, é muito difícil uma pessoa ser alérgica à vacina em si, mas a outros elementos que estão dentro dela. As contraindicações existem somente para pessoas que já sofreram um choque anafilático nos seguintes casos: para anafilaxias por ovo é contraindicada as vacinas de sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, pois esses vírus vivos são cultivados no alimento antes de irem para a vacina; em casos de anafilaxias por mercúrio são contraindicadas as vacinas com esse elemento, no geral as ministradas pelo SUS; e quem já teve choque anafilático por látex deve se informar sobre as vacinas em seu local de vacinação padrão, pois algumas podem conter resquícios da substância.

A vacina contra influenza é diferente para crianças, adultos e idosos?

Não, a única diferença é a quantidade e o número de doses. Crianças com idade entre seis e 35 meses recebem duas doses de 0,25ml cada, crianças com idade entre três e oito anos recebem duas doses de o,5ml cada e crianças acima de nove anos e adultos recebem uma única dose de o,5ml.

Como a taxa de mutação do vírus influenza é alta, devo tomar a vacina mais de uma vez por ano?

Não, a vacina só é alterada de um ano para o outro. Portanto a imunização recebida será a mesma e a prevenção idêntica.

Fonte: www.minhavida.com.br

 

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